Projeto Aedes Transgênico atrai pesquisadores de dez países

Publicado em: 22/09/14


A partir de hoje, 22, em Juazeiro/BA, pesquisadores de dez países vão discutir as técnicas de   criação massal a experiência do controle do mosquito Aedes aegypti, maior transmissor de doenças como dengue e Chikungunya. O encontro, promovido pela Moscamed Brasil, entre os dias 22 a 26 de setembro, é feito em parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O curso sobre criação em massa do Aedes transgênico terá representantes de dez países (Brasil, China, Indonésia, Tailândia, Sri Lanka, Malásia, Paquistão, Singapura e Filipinas), todos com alto índice de casos de dengue. A convite da AIEA, estudiosos dos EUA e de Israel também participarão do curso que conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP).

É a primeira vez que a Moscamed realiza curso sobre a criação massal de mosquitos. A escolha da AIEA se deve ao fato da Moscamed ser a única instituição no mundo que desenvolve o controle vetorial utilizando mosquito geneticamente modificado. O processo envolve a criação, a liberação em grandes quantidades do inseto estéril,  até o monitoramento e o engajamento com a comunidade.

O curso ocorrerá em duas etapas, uma prática e outra teórica. Ele será ministrado por uma equipe de especialistas da Biofábrica e da USP, que explicarão aos participantes como a Técnica do Inseto Estéril (TIE) é aplicada. O treinamento começa no laboratório de campo e na unidade de produção dos mosquitos. Aqui, os pesquisadores vão conhecer o processo de fecundação dos ovos dos insetos, o processo básico de esterilização, a separação de machos e fêmeas, além do controle de qualidade para verificar a eficácia dos transgênicos no campo.

Outra etapa do curso será realizada em Jacobina, na Bahia, onde o Projeto Aedes Transgênico(PAT) é desenvolvido atualmente. Na Cidade do Ouro, os cursistas terão acesso às armadilhas utilizadas na captura dos ovos e dos mosquitos adultos.  Os Mestres em ciências biológicas  da USP e da Moscamed, Danilo Carvalho e Luiza Garziera  vão orientar os pesquisadores internacionais sobre o cálculo dos índices populacionais dos insetos, a produção e a organização do mapeamento das liberações dos mosquitos.

Para o presidente da Moscamed Brasil, Jair Virginio, a confiança que a AIEA deposita na Moscamed aumenta a responsabilidade. “Somos a primeira e a maior biofábrica de mosquitos estéreis do mundo e a nossa responsabilidade com a realização deste treinamento em criação massal de mosquitos para o controle do vetor da Dengue, cresce na medida em que somos reconhecidos pela Agência Internacional de Energia Nuclear, das Nações Unidas”, declara Virginio.

Ao final do encontro será produzido um relatório para que os pesquisadores internacionais registrem os conhecimentos partilhados, aprendidos e que medidas serão adotadas para implantar a TIE no controle do mosquito Aedes aegypti em seus países.

Ascom Moscamed

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